A chega de bois em Vieira do Minho congrega na vila os melhores bois de raça barrosã da região. Os seus criadores e tratadores colocam os seus animais num confronto de força de modo que entre os contraentes se decidirá quem desiste primeiro. Um teste de força mas também de destreza animal que importa ver quando se assiste a este jogo de cultura popular.
A chega de bois em Vieira do Minho é uma tradição ancestral do norte de Portugal, que se espalha por toda a região do Barroso, e se estende até Trás-os-Montes.
Trata-se de um confronto entre dois bois, de raça Barrosã, aqui em Vieira do Minho, que se enfrentam ao ar livre, testando força e resistência. Os bois escavam a terra com as patas dianteiras, aproximam-se e encostam as testas, empurrando-se mutuamente até que um deles desista.
Origens e Significado Cultural
A prática remonta a tempos antigos, quando cada aldeia possuía o seu “boi do povo”, um animal comunitário que simbolizava força e prestígio.
As chegas eram vistas como confrontos simbólicos entre comunidades, onde a vitória de um boi representava a honra da sua aldeia.
Evolução e Modernização
Com o tempo, as chegas passaram por transformações. Hoje, muitas são organizadas com regras específicas, e algumas localidades, como Montalegre, construíram espaços próprios para os eventos, como o “chegódromo”.
Além disso, há campeonatos estruturados com prémios monetários, tornando a prática mais competitiva.
Controvérsias e Debates
Apesar de ser uma tradição cultural, as chegas de bois geram debates sobre o bem-estar animal. Algumas associações de defesa dos animais questionam se os bois sofrem durante os combates, enquanto os organizadores garantem que os animais são bem tratados e que as lutas não resultam em ferimentos graves.
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