A chega de bois em Argozelo aconteceu no dia 5 de Abril e é uma tradição ancestral do norte de Portugal, especialmente em Trás-os-Montes. Trata-se de uma luta entre dois bois de criadores diferentes, realizada ao ar livre.
Os bois, numa atitude desafiadora, escavam a terra com as patas dianteiras, aproximam-se e encostam as testas. Eles medem forças até que um dos bois recua ou desiste, determinando o vencedor.
Essa prática tem raízes históricas e culturais profundas, sendo associada a festividades locais e atraindo multidões de espectadores. Além de ser um evento competitivo, também celebra as raças autóctones portuguesas, como a Barrosã e a Mirandesa.
A origem da chega de bois remonta a tempos ancestrais e está profundamente enraizada nas tradições culturais de Trás-os-Montes, em Portugal.
Acredita-se que esta prática tenha surgido como um ritual religioso ligado a celebrações pagãs, possivelmente associadas ao culto de Dionísio, o deus da vegetação e das colheitas, que frequentemente era simbolizado por um touro. Com o tempo, essas celebrações evoluíram para uma atividade lúdica e competitiva.
Além disso, a chega de bois também desempenhou um papel importante na preservação das raças autóctones portuguesas, como a Barrosã e a Mirandesa. A prática foi revitalizada no século XXI como forma de incentivar a criação dessas raças e promover a seleção dos melhores exemplares.
As raças barrosã e Mirandesa
As principais raças de bois envolvidas nas chegas de bois são a Barrosã e a Mirandesa. Ambas são raças autóctones de Portugal, conhecidas pela sua força, resistência e importância cultural.
Estas raças não só representam a tradição das chegas, mas também desempenham um papel crucial na preservação da biodiversidade e na promoção das práticas agrícolas locais.
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