O Mosteiro de Arouca é um monumento histórico e religioso localizado na vila de Arouca, fundado no século X, inicialmente como um mosteiro misto (para homens e mulheres), tornou-se exclusivamente feminino em 1154, sob a Ordem de São Bento.
Mais tarde, o Mosteiro de Arouca em 1226, passou a integrar a Ordem de Cister, graças à influência da Beata Mafalda, filha do rei D. Sancho I, que viveu no mosteiro e está lá sepultada.
O mosteiro de Arouca é conhecido pela arquitetura maneirista e barroca, resultado de reformas realizadas entre os séculos XVII e XVIII.
Neste mosteiro o destaque vai para a igreja, o coro das freiras, os claustros e o Museu de Arte Sacra, que abriga uma das mais ricas coleções de arte da Península Ibérica, incluindo esculturas, pinturas, tapeçarias e ourivesaria.
Além de sua importância histórica e artística, o Mosteiro de Arouca é um símbolo de espiritualidade e cultura, atraindo visitantes interessados em explorar a sua história e beleza.
A Beata Mafalda
A Beata Mafalda, também conhecida como Rainha Santa Mafalda, foi uma figura histórica e religiosa marcante em Portugal.
Nascida em 1195 ou 1196, era filha do rei D. Sancho I e de D. Dulce de Aragão. Embora tenha sido brevemente rainha consorte de Castela, o seu casamento com Henrique I foi anulado devido à morte precoce do rei e ao parentesco próximo entre eles.
Após retornar a Portugal, Mafalda dedicou-se à vida religiosa e assumiu um papel importante no Mosteiro de Arouca, que recebeu como herança de seu pai.
Sob a influência de Mafalda o mosteiro passou a seguir a regra da Ordem de Cister, o que trouxe prosperidade e prestígio à instituição.
Mafalda é lembrada pela sua generosidade e devoção, tendo financiado obras de caridade e melhorias no mosteiro.
Mafalda faleceu em 1256 e foi sepultada no Mosteiro de Arouca. Ao longo dos séculos, muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão, levando à sua beatificação em 1793 pelo Papa Pio VI. Hoje, a Beata Mafalda é venerada como um símbolo de fé e dedicação na igreja deste mosteiro.
Bartolomeo Chiari 1669 – 1727. A Obra Representa Santa Mafalda a salvar o
convento de Arouca de um incêndio no Século XVII
Os Milagres de Mafalda
A Beata Mafalda de Arouca é associada a diversos milagres, muitos dos quais reforçam a sua veneração como uma figura santa. Entre os relatos mais conhecidos estão:
- Milagres de cura: Há histórias de pessoas que, ao rezarem junto ao túmulo da Beata Mafalda no Mosteiro de Arouca, teriam sido curadas de doenças graves. Esses relatos contribuíram para sua beatificação.
- Proteção divina: Diz-se que, em momentos de perigo, a intercessão da Beata Mafalda teria protegido fiéis e a própria região de Arouca.
- Milagres durante o cortejo fúnebre: Segundo a tradição, quando o corpo de Mafalda foi transportado para o Mosteiro de Arouca, a burra que carregava o caixão teria parado em quatro locais específicos. Esses lugares tornaram-se pontos de devoção, e acredita-se que a Beata tenha realizado milagres ao longo do trajeto.