Arte de curar os couros em Guimarães – Os tanques para curtir o couro em Guimarães são um testemunho importante da indústria dos curtumes que foi uma das mais importantes da cidade.
Estes tanques estão situados na Zona de Couros, que é uma área histórica e foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 19771. A atividade de transformação de peles teve um desenvolvimento significativo no século XIX nesta zona.
Hoje, os tanques permanecem como um símbolo da antiga indústria local e são uma atração turística interessante para quem quer conhecer mais sobre a história de Guimarães.
A história dos curtumes em Guimaraes
A história dos curtumes em Guimarães remonta à Idade Média. A indústria dos curtumes desenvolveu-se com sucesso até meados do século XX, tornando Guimarães uma referência nacional no setor.
Durante o século XIX, a Zona de Couros foi um núcleo privilegiado da indústria de transformação de peles, onde se manteve uma produção baseada em técnicas tradicionais e trabalho manual.
Os curtumes utilizavam couros de gado bovino abatido na região, e mais tarde, peles oriundas do Brasil e de outras províncias ultramarinas como Angola e Moçambique.
O século XIX e a primeira metade do século XX foram períodos de grande dinamismo econômico para os curtumes, associados aos conflitos bélicos que assolaram a Europa.
No entanto, a partir da década de 1960, a indústria entrou em declínio devido à insalubridade dos processos produtivos, ao atraso tecnológico e à transferência dos investimentos para a indústria têxtil. A última fábrica encerrou suas atividades em 2005.
Hoje, os vestígios dessa indústria são preservados na Zona de Couros, que foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1977.
A área foi requalificada e agora abriga novos equipamentos e serviços, como a Pousada da Juventude, o Instituto de Design e o Centro de Ciência Viva.