O Campo dos Mártires da Pátria, no Porto, é um local histórico e significativo. Anteriormente conhecido como Largo do Olival, o nome foi alterado em homenagem aos doze “Mártires da Liberdade” que foram enforcados em 1829 por ordem dos tribunais miguelistas. Entre esses mártires, destaca-se António Bernardo de Brito e Cunha.
Na alta da cidade está próxima da Praça da Batalha e Rua de Santa Catarina, bifurcando para a zona histórica do Bonfim – outrora zona nobre da cidade.
Os tribunais miguelistas
Os tribunais miguelistas foram estabelecidos durante o reinado de D. Miguel I de Portugal, que governou de 1828 a 1834. Estes tribunais eram conhecidos por julgar e condenar aqueles que se opunham ao regime absolutista de D. Miguel, incluindo os liberais que defendiam uma monarquia constitucional.
Os tribunais miguelistas ficaram particularmente conhecidos pela sua severidade e pelas execuções de vários opositores políticos, incluindo os doze “Mártires da Liberdade” enforcados em 1829 no Campo dos Mártires da Pátria, no Porto.
A Guerra Civil Portuguesa (1832-1834), também conhecida como Guerras Liberais, foi um conflito entre os liberais constitucionalistas e os tradicionalistas miguelistas, que terminou com a vitória dos liberais e a restauração da monarquia constitucional em Portugal.