O Santuário de Panóias, também conhecido como Fragas de Panóias, é um dos maiores e mais bem preservados santuários rupestres da Península Ibérica.
O Santuário de Panóias foi mandado construir na transição do século II para o século III pelo senador romano Caius Calpurnius Rufinus.
Este santuário é dedicado às divindades Infernais, com destaque para Serápis, e também às divindades dos Lapiteas, um grupo étnico indígena da região.
O local possui três grandes afloramentos graníticos, onde foram esculpidas escadas na pedra, pias sacrificiais e outras cavidades de dimensão substancial. Além disso, inscrições em latim revelam a liturgia associada aos rituais realizados em Panóias.

Prepare visita ao Santuário de Panóias:
- Localização: A cerca de sete quilómetros da cidade de Vila Real.
- Horário de funcionamento: Terça-feira das 14:00 às 17:00, quarta-feira a domingo das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00.
- Acessibilidades: Áudio guias disponíveis em português, alemão, francês e inglês.
- Serviços: Visitas guiadas, loja e instalações sanitárias.

As inscrições em latim e grego:
Existem hoje três inscrições em latim e uma em grego, e nelas estão as instruções dos rituais celebrados em Panóias, a identificação dos deuses e a do dedicante que podem traduzir-se da seguinte maneira:
- “G.C. Calpurnius Rufinus consagrou dentro do templo (templo entendido como recinto sagrado), uma aedes, um santuário, dedicado aos Deuses Severos” –
- “Aos Deuses e Deusas e também a todas as divindades dos Lapitaes, Gaius C. Calpurnius Rufinus, membro da ordem senatorial, consagrou com este recinto sagrado para sempre uma cavidade, na qual se queimam as vítimas segundo o rito.”
– - “Ao altíssimo Serápis, com o Destino e os Mistérios, G. C. Calpurnius Rufinus, claríssimo.” “Aos deuses, G. C. Calpurnius Rufinus, claríssimo, com este (templo) oferece também uma cavidade para se proceder à mistura.”
Com base nos estudos sobre o monumento, podemos hoje dizer que tivemos no local um ritual de iniciação com uma ordem e um itinerário muito preciso – a matança das vítimas, o sacrifício do sangue, a incineração das vítimas, o consumo da carne, a revelação do nome da autoridade máxima dos infernos, e por fim a purificação.
NB: Citação referida editada em culturanorte
O QUE VER EM VILA REAL:
MARÃO – MANDAM OS QUE LÁ ESTÃO
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PROCISSÃO DA SENHORA DA PIEDADE EM SANFINS DO DOURO