CHAVES -Igreja Medieval de Santa Maria Maior – A origem Igreja Matriz de Chaves será, segundo alguns autores, anterior ao Bispo Idácio de Limia, primeiro e único bispo de Chaves.
A sua reconstrução terá ocorrido no século XII sobre outro de origem visigótica, possivelmente após a vitória dos irmãos Rui e Garcia Lopes, cavaleiros cristãos que alcançaram a conquista definitiva de Chaves aos mouros em 1160.
As primeiras referências à Igreja de Santa Maria Maior surgem nas Inquirições Afonsinas de 1259. Em 1253, realizou-se o casamento do rei D. Afonso III com a infanta castelhana D. Beatriz, após este repudiar sua primeira esposa Matilde de Bolonha. Segundo as crónicas de Fernão Lopes, em 1386, o Mestre de Avis e o Condestável, ali ouviram missa depois da rendição da praça. Em 1462, foi enterrado, numa campa rasa na Igreja, D. Afonso, Duque de Bragança.
Durante os longos anos de sua existência, a Igreja de Santa Maria Maior sofreu diversas intervenções, revelando, actualmente, épocas e estilos diferentes, do românico à renascença.
No século XVI, reinava D. João III, a igreja foi restaurada de acordo com os modelos renascentistas da época. Novos pórticos surgiram, em estilo neoclássico, alterou-se a capela-mor, sendo feito um teto em abóbada polinervada. No século XVIII, novas obras de restauração ocorreram.
Nas paredes laterais foram construídos altares e colocadas janelas, a capela do Santíssimo passou a estar encimada por uma lanterna. A fachada principal, com cornija rematada por cruz vazada, é rasgada por portal em arco de volta perfeita, ladeada por pilastras toscanas que suportam frontão triangular.
Na parte superior surge um óculo circular com a imagem de Cristo. Ainda na fachada principal, torre sineira coberta por coruchéu e, abaixo dela, subsiste o portal românico de duas arquivoltas ricamente decoradas, assentes em colunelos com capitéis esculpidos.
O interior da igreja mantém um ambiente medieval conferido pela rudeza e irregularidade das pedras das suas paredes, iluminado por vãos confrontantes, vitrais e janelas rasgadas sobre as coberturas das naves laterais. Possui três naves de cinco tramos, separadas por grandes colunas graníticas cilíndricas e unidas por arcos de volta perfeitos.
A cobertura é escura, em madeira de castanho. O coro-alto prolonga-se pelas três naves, assente em pilares adossados e com balaustrada de madeira pintada a marmoreados fingidos. O acesso faz-se através de uma escada disposta no lado da Epístola.
No primeiro vão da nave central surge grande e magnífico órgão de tubos, de talha verde, vermelho e dourado. Também ao lado da Epístola, baptistério com pia de pedra.
Por longos anos, a Igreja de Santa Maria Maior foi a sede da única paróquia de Chaves. Pertenceu, ainda, à diocese de Braga, Miranda do Douro, novamente à Braga, até que, em 1922, foi incluída na recém-criada diocese de Vila Real.
Chaves terá sido elevada à categoria de Município, com a designação de “Aquæ Flaviæ”, no ano de 79 d.C., época em que dominava Tito Flávio Vespasiano, é certo que a sua ocupação remonta ao período paleolítico. Durante o período romano, Chaves era um dos mais importantes núcleos urbanos da península, desenvolvendo-se e prosperando à volta das suas fontes termais.
(41°44’22.57″N 07°28’16.52″W) Chaves – Vila Real – Trás-os-Montes – Região Norte – Portugal
“Pessoas que evitam todas as críticas falham. É a crítica destrutiva que precisamos evitar, não críticas de todas as formas. “ – Timothy Ferriss
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