Por uma “república democrática” pronunciou-se o Presidente que defendeu um regime com “mais liberdades políticas económicas e sociais, mais pluralismo, mais meios de informação e de controlo dos poderes públicos e privados”.
Marcelo falava nos 112 anos da implantação da República e referiu os benefícios de “um sistema partidário variado, flexível e inclusivo”, com “educação, saúde, segurança social, instrumentos de regulação e de intervenção económica diversos dos que tínhamos em 1922″.
Recordou que não é suficiente termos democracia na Constituição e nas leis, (mas que) importa ter democracia nos factos, com cada vez mais qualidade, melhores e mais atempadas leis, justiça, administração pública, controlo de abusos e omissões dos poderes, prevenção e combate à corrupção das pessoas e instituições”.
Nada é eterno em democracia
Lembrando que “nada é eterno em democracia, nem os presidentes, nem os governos, nem as oposições”, Marcelo lembrou que a “alternativa” faz parte do ADN do sistema republicano.
E continuou: “sabemos que a democracia não é só política, é económica, social e cultural, e que sofre com a pobreza, a desigualdade, a injustiça, a intolerância, com a xenofobia, o racismo e a exclusão do diferente. Sabemos como erros, omissões, incompetências e ineficácias na democracia a fragilizam e a matam. Sabemos como começam as ditaduras, o que são e o que duram, e como é difícil recriar a democracia depois delas”.
“E porque temos o que não tínhamos, e sabemos o que não sabíamos em 1922, sabemos que existe caminho para todos nós dentro da democracia.
A memória política da Nação
No discurso que marcou os 112 anos de implantação da República, Marcelo Rebelo de Sousa recuou um século para lembrar aos portugueses — e sobretudo aos políticos — que a democracia “se constrói todos os dias” e que deve ser materializada em factos, pois “sabemos como erros, omissões, incompetências e ineficácias a fragilizam e matam”.
“É importante que, mais do que nunca, se leve a sério que a República, tal como a democracia, se constrói todos os dias — e não há construções perfeitas ou acabadas”
A República e as dificuldades
Nesse contexto adverso, “a República tinha de se reencontrar, e reencontrar com os portugueses num momento em que novos problemas exigiam novas respostas”. “Era preciso dar novo alento à República, feito de proclamação das promessas de 1910, mas com redobrada atenção ao que surgia de novo na realidade dos portugueses, alargando a sua base social, renovando a sua vivência política, democratizando-se, enfrentando com coragem e lucidez os desafios dos novos tempos, encontrando alternativas dentro de si própria antes que fosse tarde demais. Assim não aconteceu”.
Mas Portugal, defendeu, tem hoje “uma República democrática”, “mais liberdades políticas económicas e sociais, mais pluralismo, mais meios de informação e de controlo dos poderes públicos e privados”, “um sistema partidário variado, flexível e inclusivo”, “educação, saúde, segurança social, instrumentos de regulação e de intervenção económica diversos dos que tínhamos em 1922”, além de “um papel relevante nas organizações internacionais”, listou.
Reconhecendo que existem “insatisfações”, “indignações, “exigências de muito mais e melhor”, isso é sinal, diz Marcelo, “da força da democracia”. “É saudável a exigência crítica, porque em democracia cabe a todos fazê-la avançar, não recuar ou estagnar”.
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou aceder a informações do dispositivo. Consentir com essas tecnologias nos permitirá processar dados, como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamante certos recursos e funções.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para o fim legítimo de permitir a utilização de um determinado serviço expressamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou para o fim exclusivo de efetuar a transmissão de uma comunicação numa rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenamento de preferências não solicitadas pelo assinante ou utilizador.
Estatísticas
O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anónimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte do seu Fornecedor de Serviços de Internet ou registos adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de utilizador para enviar publicidade ou para rastrear o utilizador num site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.